terça-feira, 23 de junho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009



De quem é isso?(...companheiro.)

O trecho (abreviado) abaixo foi retirado de:

a) um manifesto do Greenpeace

b) uma encíclica do Papa João XXIII

c) um texto psicografado de Chico Mendes

d) uma fala em documentário de Michel Moore

e) o discurso inaugural de Barack Obama


(resposta em http://www.homerotextos.blogspot.com )



"...o sistema feudal e corporativo do velho mundo já não satisfazia o crescimento da demanda gerado pela abertura de novos mercados. A partir do final do século XV, o descobrimento dos novos mundos proporcionou ao mundo dos negócios novo alento. Mestres artesões que produziam em suas oficinas familiares integrados às suas corporações de ofício, passaram a trabalhar para um único empreendedor -negociantes ou banqueiros, interessados no aumento e barateamento da produção proporcionado pela divisão do trabalho dentro de grandes oficinas especializadas. Com o passar do tempo, novas máquinas e mecânicas revolucionaram a produção industrial, transformando modos e meios de produção e de comunicação. A manufatura artesanal cedeu lugar à grande indústria moderna que, por sua vez, alimentou os interesses por uma expansão cada vez maior do mercado mundial e do progresso político correspondente a estes interesses. A acumulação de riqueza foi se tornando, cada vez mais, o objetivo central das relações entre povos e pessoas. A condição essencial da existência e supremacia passou a ser, exclusivamente, a acumulação. Este universo de cálculo egoísta fez a piedade submergir, reduziu a dignidade pessoal a simples valor de troca e rasgou o véu da emoção e da sentimentalidade, reduzindo-o a mera relação monetária. E a busca pelo domínio das forças naturais, através do maquinismo, das aplicações da química, da canalização de rios… como por encanto, acabou assemelhando-se ao feiticeiro que não consegue dominar o ser demoníaco que evocou. A acumulação permanente de riqueza não pode ocorrer sem que, permanentemente, se revolucionem os instrumentos da produção e, portanto, as relações de produção e o conjunto das relações sociais. O aperfeiçoamento -incessante e sempre mais rápido- do maquinismo, torna a situação cada vez mais precária. O evolução permanente da produção, o abalo contínuo de todas as categorias sociais, a insegurança e a agitação distinguem os sistemas de acumulação. Crises comerciais aniquilam produtos já existentes e forças produtivas já criadas. Todas as relações, representações e concepções dissolvem-se. E as recém-constituídas corrompem-se. Antes de tomarem consistência, pressionado pela necessidade de mercados sempre mais extensos, o sistema tem que se imiscuir, instalar-se e criar relações em toda parte. Como conseqüência, inevitável, busca a centralização política. O espírito nacional torna-se, a cada dia, mais inviável e da soma das literaturas nacionais e regionais cria-se uma literatura mundial. Necessidades antes satisfeitas pelos produtos locais dão lugar à novas necessidades que exigem, para sua satisfação novos produtos de outros lugares, obrigando todas as nações, sob pena de arruinarem-se, a adotarem a dinâmica do sistema. E o sistema, tal como subordinou o campo e a cidade, torna dependentes dos complexos industrializados povos independentes. E múltiplos interesses, múltiplas leis, múltiplos governos e múltiplos sistemas diferentes, são reunidos em uma só nação, um só código, uma só lei, um só interesse, mediante controle cada vez maior da dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerando a população, centraliza os meios de produção e concentra a propriedade em poucas mãos."


extraído de Marx e Engels - Manifesto do Partido Comunista - 1848
páginas 25 a 34 coleção L&PM Pocket, ed. L&PM, Porto Alegre, 2001

Indignação


Indignação

Uma guerra com armas desiguais

Mais um atentado terrorista acaba de acontecer em Isrrael, o saldo de mortos chega a números incontáveis. Nesse mesmo instante uma favela pega fogo na zona sul de São Paulo, pessoas estão em choque, acabam de perder seus humildes lares e chega a notícia triste de que morreram sete pessoas no local.
Infelizmente os olhos da mídia oficial coloca as duas tragédias em patamares diferentes, como se as vidas perdidas, em ambos lugares, não fossem da mesma importância. Isso explica a barbárie e também a visível desvalorização da vida humana.
É preciso mais do que nunca respeitar e valorizar todas as vidas, independente dos locais onde estejam, seja nas favelas espalhadas pelo mundo ou no nordeste brasileiro, o enfoque principal deve ser as pessoas.

Cabano, Valo Verde - Embu - SP

quarta-feira, 17 de junho de 2009

OS MISERÁVEIS FILHOS DE DEUS


OS MISERÁVEIS FILHOS DE DEUS - Sérgio vaz

A história de Ivanildo é que ele simplesmente não tem história. Morador de rua virou notícia porque teve 85% corpo queimado por gasolina e faleceu na última terça-feira (27), e é só, mais nada.
O assassino, conforme as investigações policiais, era outro morador de rua, e o crime, vejam vocês a ironia da miséria humana -, foi motivado por conquista de território. Dizem que precisavam de mais espaço para viverem na rua.
Pois é, as calçadas. Há pessoas em guerra pelas calçadas frias da cidade de São Paulo.
Não conheci Ivanildo nem o seu algoz piromaníaco, mas tenho uma vaga idéia de quem sejam os infelizes. Já os vi queimando na retina dos meus olhos, numa dessas noites geladas e indignas, em suas casas de papelão que se movem como fantasmas pela nossa imaginação.
Ivanildo não devia ter documentos tampouco identidade, indigente deve ter sido enterrado com seus trapos numa vala qualquer, de um cemitério qualquer, que é o lugar certo para qualquer um de nós, miserável ou não.
Outro dia vi um Ivanildo fuçando uma lata de lixo à procura de comida que sobra dos nossas pratos, mas o dono da lanchonete apareceu para expulsá-lo com um cabo de vassoura.
Fiquei com a impressão que mendigos trazem má sorte para o comércio, e que restos de comida não são para restos de pessoas. Nós, os filhos de Deus, privatizamos até as migalhas.
Tenho a impressão que os únicos que gostam dos moradores de rua são os cachorros. Aliás, de raça ou não, não conheço nenhum cachorro que não tenha um mendigo pra cuidar, quer seja nas calçadas, ou em mansões.
Mas moradores de rua são uma espécie rara de seres humanos.
Eles não tem dentes, eles não cortam os cabelos, eles não tomam banho, pedem-nos esmolas, dormem no nosso caminho de casa, e nós, a não ser que peguem fogo, simplesmente não os vemos.
É difícil vê-los. Somos cristãos demais para enxergá-los.
E tem mais, dizem que são invisíveis a olho nu. Mas não são.
Suas sombras miúdas se arrastam em nossas orações, para o deleite da nossa hipocrisia. Fingir que gostamos de deus é a melhor forma de agradar o diabo.
Um ser humano pegando fogo na calçada e os nossos joelhos doendo de tanto rezar pela nossa felicidade material...
Deus sabe o que faz, a gente não. Devia ser o contrário.
Se dependesse de mim, a humanidade já tinha pegado fogo há muito tempo.
Um por um.

Sérgio Vaz
www.colecionadordepedras.blogspot.com

sábado, 13 de junho de 2009

Minha namorada.


Nossa, já faz quase 11 anos que eu a conheci. Não parece que passou tanto tempo, to ficando veio...

Já nos conhecíamos, eu jogava bola com o irmão dela, mas não éramos amigos. Um dia, fui em uma festa na casa dela, aí sim percebi sua beleza. Havia deixado de ser menina, agora era uma linda mulher negra, tremi na base. Infelizmente ela estava namorando com um maluco lá do São Luiz, desencanei.

Nas semanas que se seguiram eu comecei a prestar mais atenção nela, puxava conversa no busão, ficava na frente da casa dela jogando bola, ia na casa dela depois do jogo... não a tirava da cabeça.

E pra piorar, ela retribuía. Eu como sempre fui meio lerdo em relação as conquistas, não investia.

Demorou muito pra eu conseguir falar o que sentia, tive até uma ajuda de um casal de amigos nossos, e depois desse dia já era, estamos juntos até hoje.

Já passamos por muitas coisas juntos, compartilhamos muitos momentos de alegrias e dificuldades, tivemos alguns momentos de brigas e desentendimentos, mas o que predominou é o nosso amor e companheirismo.

Não me arrependo de ter feito a escolha de viver a seu lado, e compartilhar a minha vida com essa pessoa maravilhosa. Espero viver muitos anos pra poder contar muitas histórias e dar muitos conselhos aos novos casais.

Claro que ainda falta um detalhe muito importante em nossas vidas, mas o tempo nos recompensará.

Vânia acredito que você já tenha passado muitos momentos de arrependimento, mas a vida nos mostrou que algumas escolhas vale a pena.

Te amo, minha eterna namorada!

sexta-feira, 12 de junho de 2009



Hoje é o Dia Mundial da Erradicação do Trabalho Escravo, esta vergonha humana fartamente praticada no Brasil.

Só no último dia 5, O Grupo Especial Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) encontrou 280 trabalhadores em condições degradantes no corte de cana-de-açúcar, na Usina de Santa Cruz, no município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Também foram encontradas cinco crianças, mas o número pode ser bem maior, segundo o auditor fiscal do Trabalho e coordenador da fiscalização do Trabalho, Rodrigo de Carvalho.

"Quando chegamos à Usina, o aliciador mandou os trabalhadores correrem para dentro do canavial e por isso conseguimos registrar apenas esse número, que certamente é menor que o constatado pelo Grupo", disse.

O século é o XXI e como nosso Congresso é cheio de fazendeiros, ruralistas e o escambau, nunca se aprova a expropriação de terras para casos de trabalho escravo.

Nada acontece com o escravizador.

Não adianta programa social nenhum, se mantivermos no meio das retinas a marca indelével da escravidão, seja disfarçada, seja descarada.

É um país corrupto; um país de gente que finge que não vê as discriminações que grassam no nosso cotidiano; que se omite diante da exploração sexual infantil e da pedofilia; diante da violência contra a mulher, da violência contra os idosos; que cala na hora de ir pras ruas.

Que merda!

E os namorados vão pras ruas em bando/ porque a Primavera é a estação do Amor ( Primavera no Rio, de Braguinha)...está bem, estamos no Outono, mas hoje é o Dia dos/das Namorados/as. Bom aconchego para todos/as.
Teresa Maia. Flickr

quarta-feira, 3 de junho de 2009

"Sou sem-teto, arquiteto da reconstrução

Na missão itinerante de abrigar um outro irmão

Sou educador que nunca teve educação

Caminhando lado-a-lado na longa revolução

Sou sem-terra, semeando a conscientização

O olho da tragédia, o olho da solução

Sou doente, sou a cura da situação

Sou meu primeiro e último inimigo a superar

Na difícil construção do poder popular"

de Daniel Manzione

do DISPARADA!

disparando sonhos na realidade

terça-feira, 2 de junho de 2009

CONAE - Conferência Nacional de Educação


CONAE – Conferência Nacional de Educação

“e a cigana analfabeta lendo a mão de Paulo Freire”

Uma frase da música de Chico Cesar que abriu a Conferência Livre de Educação no dia 29/05 no Parque do Lago Francisco Rizzo, que fiz questão de ir.

A mesa estava composta pelo prefeito Chico Brito, a secretária de educação, Cultura, Esporte e Lazer de Embu, Rosimary Mendes de Matos, o Secretário de Educação de Cordeirópolis o professor José Adinan Ortolan e os vereadores José Carlos Ferreira de Proença e João Bernardino Leite.

No debate falou-se sobre a importância de caminharmos juntos na construção da educação, que eles (o município) não deve se esquivar da culpa dos problemas da educação pública e nem assumi-la sozinhos, pois é um problema nacional.

Sobre a Conferência, falou-se que a sociedade precisa conferir, fazer um balanço do que foi feito para propor novas diretrizes, parâmetros e desafios, a fim de construirmos o Sistema Nacional de Educação levando em conta principalmente a diversidade cultural.

Que a escola é uma instituição importante para a transformação social por ser uma instituição pública, mas que se perdeu o significado do termo público. Hoje entende-se público como “de todos“ e esquece que também é “para todos” e precisa ser preservada.

Que hoje temos vários sistemas que se contrapõem e quando se muda o governante, muda-se também todo o sistema. Todos os países que fizeram uma revolução na educação, fizeram a partir de conferencias para a construção de um sistema único.

Desde o império não havia vínculos financeiros dos governantes com a educação, esse costume se aplica até hoje, com verbas insignificantes e mal aplicadas. O currículo escolar ainda é baseado na educação elitista com conteúdos sem utilidade real e, as vezes, sem fundamentos.

O Sistema Nacional Articulado de Educação está sendo construído para mudar essa realidade, revolucionar a educação popular e dar mais chances ao povo brasileiro de ter uma educação de qualidade.

E eu viverei pra ver essa mudança!

DuValo, evoluindo...

DEBATE NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA


Clique no cartaz para ampliar

Divulgação Selo Povo


Selo Povo
Inspirado no tráfico, Ferréz lança livros a R$ 5,00.
Escritor Ferréz lança selo para promover literatura nas periferias Ferréz segue surpreendendo. Escritor e empreendedor comprometido com sua origem e seus pares, na periferia de São Paulo, ele encontrou na logística do tráfico de drogas a inspiração para um modelo alternativo de distribuição de livros. A editora L.M. (Literatura Marginal) lança em julho o Selo Povo com um livro seu, Cronista de um Tempo Ruim, em seis Estados: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia. Os livros custarão R$ 5,00 – ou “o preço de uma cerveja e meia, e mais barato que um prato feito”.
No site http://selopovo.blogspot.com/ Ferréz avisa aos parceiros: “os distribuidores somos nós”. “Salve guerreiro, você que tem comércio em alguma região periférica, ou é um militante da cultura de rua, ou mesmo se é só um mano ou uma mina querendo fazer parte da verdadeira revolução, mande um e-mail pra gente noliteraturamarginal@ibest.com.br e vamos te contactar para distribuir nossos livros, o ganho é de 20% do material”.
A idéia do escritor é que a periferia tenha acesso à leitura – e que o leitor seja um “traficante de informação”. O formato da coleção, inicialmente de oito livros, será o de bolso. “Na livraria eles custam no mínimo R$ 20,00”, diz Ferréz. “O Selo Povo foi criado para fazer o livro chegar a quem realmente precisa ler, é também uma forma de mostrar ao mercado a faltade senso referente ao preço das obras”.
O segundo livro, Amazônia em Chamas, será da escritora Cernov, de Manaus. A tiragem variará entre 1.000 e 1.500 exemplares. O selo também terá DVDs, por R$ 9,99. O primeiro será sobre Literatura e Resistência, com lançamento em junho no Itaú Cultural. Além de Ferréz, traz também depoimentos de Paulo Lins (da Cidade de Deus), do músico Chico César, do escritor pernambucano Marcelínio Freire (prêmio Jabuti em 2006) e de Eduardo, do grupo de rap paulistano Facção Central.
agora é continuar infernizando todo mundo, pra gente espalhar livro que nem cd pirata na quebrada, dia 4 do 6 no ítaú é a primeira amostra do nosso documentário, que deverá sair em um mês em DVD, seguido de perto pelo nosso primeiro livro.
Vamos que vamos. Ferréz selopovo.blogspot.com
Fonte: www.ferrez.blogspot.com

Minha oração

Minha oração


Deus não deixe
Que eu me revolte
E nem tente a sorte,
De com o canhão na mão
Invadir sua mansão.

Deus me ouça e me proteja,
Dê-me força nessa peleja.
Não quero nada de bandeja,
Nem minha cara na revista veja.

Deus nos perdoe pelo ato desumano
Desses que tornaram o ser humano
Um ser que pensa ser.
Tô cansado de tanta besteira,
De ouvir só baboseira.
To confuso, perdido,
Sem destino.
Eu luto tento
Quase não consigo,
Fujo me escondo
E quase que desisto.
Quase!!!

Duvalo

Indignação

Uma guerra com armas desiguais

Mais um atentado terrorista acaba de acontecer em Isrrael, o saldo de mortos chega a números incontáveis. Nesse mesmo instante uma favela pega fogo na zona sul de São Paulo, pessoas estão em choque, acabam de perder seus humildes lares e chega a notícia triste de que morreram sete pessoas no local.
Infelizmente os olhos da mídia oficial coloca as duas tragédias em patamares diferentes, como se as vidas perdidas, em ambos lugares, não fossem da mesma importância. Isso explica a barbárie e também a visível desvalorização da vida humana.
É preciso mais do que nunca respeitar e valorizar todas as vidas, independente dos locais onde estejam, seja nas favelas espalhadas pelo mundo ou no nordeste brasileiro, o enfoque principal deve ser as pessoas.

Cabano, Valo Verde - Embu - SP