sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Petrolino

Atendendo a pedidos da Gabi, aí vai...

Petrolino

Veio do sertão nordestino
Valente desde menino
Nunca aprendeu a robá.
Nas mãos o registro da luta
Sempre viveu da labuta
Mas nunca deixou de rezá.
Na face o sorriso sincero
Marca de um homem sério
Que não deixou de sonhá.
Nas vestes sem vaidade
Chegando na grande cidade
Foi logo a procura de um lar.
Sem nenhum puto no bolso
A lágrima corre no rosto
O jeito é na rua morá.
Puxando uma velha carroça
Por Deus não há quem possa
Dessa vida não reclamá.
Seu Lino homem valente
Agora quase sem dentes
Decide a vida entregá.
Sem jeito olha da ponte
Só queria água da fonte
Que todos tem que comprá.
Por mais que seja marrudo
Cabra forte e troncudo
Seu Lino cansou de lutá...

Digão DuValo

Um comentário:

Gabis Correia disse...

Noossa Ro...eu já sabia da sua capacidade extremaa!!...obrigada por ter colocado o poema!!....o mundo precisa ver seu talento baby!